Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Dia de Hoje

Dia de Hoje

15
Set22

Comentário 296

Zé Onofre

                   296

022/09/15

Sobre Vida, viva a vida, Taddeo Kallil Nauar, chaosmythosalegorias.blogs.sapo.pt

Vivo a vida vivendo.

Traço com alegrias e tristezas,

Com amor e amargura

O caminho que trilho.

Apenas vivo fazendo da vida

Coisa única e intransmissível.

Às vezes tenho a sorte de ir a par de outros

Que fazem a sua rota com destino

Ao mesmo Infinito.

  Zé Onofre

10
Set22

Dia de hoje 61

Zé Onofre

              61

08.09.22

 

Juro,

Que desde que penso

Pelo meu pensar,

Nunca acreditei

Numa vida

Depois da morte.

 

Juro

Que nunca acreditei.

Agora sou a prova viva

Que há vida

Para além da morte.

 

Juro

Que nunca acreditei.

Olhava a morte

Como só uma.

Eterna e irremediável.

 

Juro

Que nunca acreditei.

Sou a prova que numa só vida

Há mil vidas

E mil mortes.

 

Juro

Que nunca acreditei.

Sei apenas que por cada morte vivida

Reencarnei noutra vida

Em que os sonhos são sonhados para morrer.

 

Juro

Que nunca acreditei.

Continuo

Simplesmente à espera da morte.

Irremediável, eterna azul.

09
Mai22

Dia de hoje 46

Zé Onofre

                   46

 

022/05/09

 

Não sei já quantas as vezes,

Mais que a eternidade de dias

Que muitos anos adiados têm,

Deixei que a desanimada caneta,

Desastradamente borratasse

O imaculado papel branco

Que te seria endereçado.

 

Após cada um destes acidentes,

Amarfanhava o inocente papel

Sepultava-o no cesto com tristeza,

Mágoa, fúria, raiva, sei lá...

Mais tarde, uma nova folha pura

Era estendida sobre a mesa

Que já se alheava deste ritual.

 

Agora é que é, mentalizo-me,

E você, dona caneta, tenha tino,

Não comece a despejar tinta

Como quem não tem tempo,

Nem saúde, nem paciência,

Para esta mão trémula

De sem saber o que escrever.

 

Então minha amiga longínqua,

Que lá atrás, na encruzilhada da vida,

Optaste por caminhos divergentes,

Gostaria de saber, embora finja o contrário,

Que é que o tempo que passou,

E que tão distantes nos pôs,

Fez de ti.

 

Embora sinta uma vontade,

Que escondo de mim mesmo,

De saber o que a vida te reservou.

Não te sintas coagida a responder.

De mim, apenas te direi

Que estou sentado  

Na via por onde te vi desaparecer. 

  Zé Onofrfe

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub