Dia de hoje 39
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022/03/28
Exitei bastante escrever o texto que se segue.
Eu explico.
A semana passada visitou a Europa um americano. Vocês sabem de quem falo. E se agora têm dúvidas elas depressa se dissiparão.
A minha dúvida não está em falar sobre o tal senhor que de visita veio à Europa.
Dizem que veio da América, mais precisamente dos USA, na inglesa língua, ou dos EUAN, na língua portuguesa, ou EUA como é mais comum.
A minha dúvida é saber a que título é que o Americano veio visitar a Europa.
É de supor que tenha vindo como O Presidente dos EUA que veio em visita à Europa, visitar países soberanos de igual para igual em que se encontra com outros chefes de Estado, ou de governo, a ele iguais.
Na verdade, é que o Sr. Biden – já sabem de quem falo – não falou de igual para igual com os Chefes de Estado, ou de Governo, com quem se encontrou. Falou como se estivesse acima deles uns bastos degraus.
Esta atitude não é de quem trata os outros como iguais, mas de um senhor que vê os outros como seus subordinados, de confiança, porém subordinados.
Chego, então, à conclusão que foi o Imperador do Ocidente, que veio pessoalmente visitar as suas províncias, porque não acreditava que um Cônsul com poderes especiais, seria capaz de exprimir claramente qual a posição do Império sobre o momento atual. Lá do alto das escadarias do Senado, um resquício dos tempos em que havia uma certa democracia, chamou a atenção para os seus fiéis Governadores de Províncias que não estavam a ser suficientemente duros com os Bárbaros que tentam abrir uma brecha nas defesas do Império. Tendes que tomar decisões firmes, porque se eles conseguem uma brecha é o fim do Império.
Neste momento mudou de tom. E por artes mágicas começou a falar como o Diretor Geral de uma Agência de transações.
Que tem ao dispor dos fiéis amigos da Europa, milhões e milhões de m3 gás para os seus queridos amigos. Têm que compreender que ao preço do mercado que nas atuais circunstâncias são desvantajosas para quem compra. E para agravar ainda mais o preço há que ter em conta que ele terá de atravessar o Atlântico em navios que, também eles consomem combustíveis ao preço do mercado. É certo que serão mais umas toneladitas de gases com efeito de estufa. Eu sei que vós, meus fiéis amigos, não apreciais muito esta situação, mas é o que tendes. Ou quereis continuar a depender do gás dos Bárbaros? Nem tudo é mal, contudo, para amigos arranja-se sempre um precinho mais favorável.
A seguir mudou de tela, de público e apresentou-se perante eles com um lenço vermelho ao pescoço, casaca com uma estrela de seis pontas ao peito e aberta que deixava ver nos coldres dois seis balas negros e bem untados, na coronha marcas bem fundas gravadas a canivete que contavam os xerifes que ele havia destituído por discordâncias várias. Parecia mesmo que estávamos no longínquo Oeste onde o xerife encostado ao balcão com um copo de uísque na mão perorava para vaqueiros, desesperados, prostitutas e aventureiros.
“Por amor de Deus este homem não pode continuar no poder”. – (Biden, sobre Putin)
Há aqui perto um xerife perigoso que tem de ser tirado do Xerifado. Temos que achar um modo de o depor, sem dar nas vistas. Tenho andado a cogitar, com os meus adjuntos qual a melhor maneira de o fazer.
Há um método que tem dado bons resultados. Ainda não refleti bem sobre ele. Em todo o caso, os caçadores de prémios podem ir oleando os colts, afinando a pontaria que em breve talvez ganhem um milhão de dólares trazendo-mo vivo ou morto.
Então o cidadão que visitou a Europa era o quê, afinal.
O Presidente dos EUA?
O Imperador do Ocidente?
O Diretor Geral de uma agência de transações?
Um Xerife do Longinquo Oeste?
Zé Onofre